sábado, 15 de outubro de 2011

DEFICIENTE QUE "DESAFIA" KILIMANJARO SE PREPARA TREINANDO JIU-JITSU BRASILEIRO


"Mesmo que não houvesse ninguém sabendo, eu faria a escalada do mesmo jeito." A frase resume a história de perseverança de Kyle Maynard, de 25 anos, que devido a uma doença congênita não tem parte dos braços e das pernas. O projeto de Maynard para escalar os 5.895 metros do monte Kilimanjaro repercutiu na mídia internacional esta semana, e o americano falou ao G1 sobre o desafio, programado para janeiro de 2012.
Natural de Atlanta, no estado da Geórgia, o palestrante motivacional e atleta nas horas vagas também divulgou em primeira mão o vídeo do projeto, postado na internet nesta sexta (14), que mostra cenas de seu treinamento (veja abaixo).
Na entrevista, ele conta como tem se preparado para o que chama de "o maior desafio de sua vida", fala sobre a paixão pelo jiu-jítsu brasileiro, a esperança de vir ao Brasil e a marcante experiência no MMA, além de lembrar de como superou as dificuldades na infância. Leia a íntegra:
G1: Como tem sido o treinamento para o Kilimanjaro? Você se considera preparado?
Kyle Maynard: Minha maior preocupação no momento é aperfeiçoar os acessórios. Quando comecei a escalar, anos atrás, eu usava toalhas amarradas com corda ou presas fita às pontas dos meus braços. Agora passei para pneus de mountain bike forrados com uma espuma. O importante é manter a pele longe das pedras, porque qualquer ferida aberta pode se tornar um problema. Tenho escalado alguns picos na Geórgia e no Colorado, como as Rocky Mountains, com 3,6 mil metros de altitude, mas não tem como simular nada parecido com os quase 6 mil metros do Kilimanjaro. Serão 16 dias na montanha, então acho que vamos fazer o trajeto em um ritmo que seja mais realista para mim.
G1: Você conta com a ajuda da equipe em pontos mais difíceis?
Maynard: Na maioria das vezes eu consigo encontrar um jeito de fazer sozinho. Depende das situações, mas no Kilimanjaro a maior parte do caminho é de tracking, tem menos escalada "técnica". Estamos treinando mais voltados para o tempo, a velocidade, o que vai ser a parte mais difícil mas também a mais divertida.
G1: Quando a equipe vai se deslocar para a África? Há outros deficientes físicos no projeto, certo?
O primeiro esporte que pratiquei foi o futebol americano, ainda criança. Meu principal objetivo era atingir as pernas dos outros com meu capacete. (risos) Isso me levou à luta greco-romana, e depois encontrei o jiu-jítsu."
Kyle Maynard
Maynard: Vamos para a Tanzânia no dia 3 de janeiro, acredito. Temos 10 pessoas na equipe do Mission Kilimanjaro, sem contar algumas pessoas na Tanzânia que devem nos acompanhar. Temos dois representantes dos veteranos de guerras dos EUA, um deles ficou deficiente por conta de um ferimento em combate, o outro devido a um acidente de moto nos Estados Unidos. Eles me ajudam a levar essa mensagem aos veteranos de guerra, o que é um dos objetivos do projeto. Meu pai e um dos meus avós foram das forças armadas, e sempre tive muito respeito pelos soldados. Passei um bom tempo em quartos de hospital com feridos de guerra, e é bom ajudá-los a ver que existe vida após um ferimento.
G1: Em seu site pessoal há uma foto em que você aparece com um quimono de jiu-jítsu com a bandeira brasileira. Você usa o jiu-jítsu para o condicionamento? Já esteve no país?
Kyle é visto ao centro com membros do projeto Mission Kilimanjaro (Foto: Divulgação)Kyle é visto ao centro com membros do projeto
Mission Kilimanjaro (Foto: Divulgação)
Maynard: Jiu-jítsu brasileiro é ótimo porque é uma forma de deixar tudo de lado e me focar naquele treinamento. Faço por recreação, mas é ótimo para o condicionamento cardiovascular, o equilíbrio e outras coisas que ajudam na escalada. Ainda não tive a chance de ir ao Brasil, mas estou esperançoso, tenho conhecido muitas pessoas. Com sorte, posso ir fazer uma palestra por aí, e acho que não irei embora nunca mais.
G1: E sua passagem pelo MMA (mixed martial arts), como isso aconteceu?
Maynard: O primeiro esporte que pratiquei foi o futebol americano, ainda criança. Meu principal objetivo era atingir as pernas dos outros com meu capacete. (risos) Isso me levou à luta greco-romana, e depois encontrei o jiu-jítsu. Passei então ao MMA, mas ainda treinei jiu-jítsu durante cinco anos até resolver lutar no MMA, em 2009. Foi um dos meus melhores amigos do colégio quem gravou e dirigiu o filme sobre essa luta. O mais legal dessa experiência foi ver as diferentes reações, muita gente foi contra. Diziam que seria a "primeira morte televisionada na história do esporte", comentários ridículos, mas a maioria era de pessoas que sequer praticam o esporte e se escondiam atrás de um teclado de computador. Mas as pessoas com quem eu treino, muitos deles profissionais experientes em MMA, me deram todo o apoio para a luta. Eu perdi por decisão dos juízes depois de três rounds, por 27 a 30.
Nem todo mundo quer enfrentar o Kilimanjaro, mas todos queremos algo. Para mim, transmitir isso é muito importante. Mas, mesmo que não houvesse ninguém sabendo, eu faria isso (a escalada) do mesmo jeito, pela experiência."
Kyle Maynard
G1: Você citou experiências no esporte desde criança. Como foi crescer com suas deficiências? O esporte o ajudou a levar uma vida normal?
Maynard: Certamente houve momentos muito difíceis. Mas meus pais me criaram com essa atitude, sempre me ensinaram que eu deveria me ver como uma criança normal, não como um deficiente ou alguém diferente. E acho que as outras crianças passaram a me ver dessa mesma forma. Depois que a gente passava um tempo juntos, jogava videogame ou hóquei de rua ou qualquer outro jogo, éramos só um grupo de crianças normais, como em qualquer lugar.
G1: Diversos internautas comentaram a primeira matéria sobre sua história, elogiando seu exemplo de vida. Impactar as pessoas é um dos seus objetivos?
Maynard: É muito bom passar essa mensagem ao mundo. "Levante-se, pare de reclamar e persiga o seu sonho". Nem todo mundo quer enfrentar o Kilimanjaro, mas todos queremos algo. Para mim, transmitir isso é muito importante. Mas, mesmo que não houvesse ninguém sabendo, eu faria isso (a escalada) do mesmo jeito, pela experiência. Não consigo imaginar como vou me sentir no topo daquela montanha, será marcante.
Foto do site pessoal de Kyle mostra ele após escalar um pequeno monte, treinamento para encarar o Kilimanjaro (Foto: Divulgação)
Foto do site pessoal de Kyle mostra ele após escalar um pequeno monte, treinamento para encarar o Kilimanjaro (Foto: Divulgação)

TAEKWONDO BRASILEIRO GARANTE PRIMEIRA MEDALHA NO PAN

Por Gabriele Lomba Direto de Guadalajara, México
Bastou apenas uma luta. Pré-classificado às quartas de final por ser o quarto do ranking, Márcio Wenceslau assegurou ao menos o bronze, primeira medalha do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Derrotou o uruguaio Mayko Votta e passou às semis da categoria até 58 kg. Como no taekwondo não há disputa de terceiro lugar, ele se garantiu no pódio. Como testemunha, o presidente do México, Felipe Calderón. As semifinais começam às 19h (de Brasília). E o adversário do brasileiro será justamente o mexicano Damián Villa, campeão mundial em 2009.
Marcio wenceslau taekwondo (Foto: Wander Roberto / Inovafoto / COB)
Marcio Wenceslau quer o ouro de presente para filha (Foto: Wander Roberto / Inovafoto / COB)
Há quatro anos, no Rio de Janeiro, Márcio conquistou a primeira medalha no taekwondo no Pan. Levou a prata. Agora, sonha com o ouro.
- Eu sou pai e vou pegar uma medalhinha para a minha filha, que faz aniversário mês que vem. Ela quer uma dourada, é uma menina de ouro - disse.
Márcio começou bem a luta, mas viu o uruguaio empatar em 2 a 2. Nos segundos finais, abriu 5 a 2 em uma série de chutes no rosto e fechou em 7 a 2.
- A primeira luta é muito complicada para todo mundo. Preciso ter um pouco mais de calma porque, como se trata de colete eletrônico, é preciso ter cuidado. Às vezes você acha que o adversário não vai pontuar, mas acaba pontuando - disse.

Brasileira supera dores no joelho na estreia, mas depois cai nas quartas
Kátia Arakaki, da categoria até 49 kg, se despediu nas quartas de final, depois de ter machucado o joelho direito na estreia. Ela perdeu para a americana Deireanne Morales na luta que garantiria a ela ao menos um bronze.
Na estreia, Kátia teve um duelo duro contra a dominicana Yajaira Peguero. A adversária saiu na frente nos primeiros pontos, mas a brasileira reagiu. Quando vencia por 6 a 4, porém, caiu no tatame, com dores no joelho direito. A dois segundos do fim, a dominicana empatou com uma série de chutes. Na decisão do primeiro ponto, a brasileira levou a melhor: 7 a 6.

- Ela bateu por cima da minha perna, mas só doeu na hora. Não houve lesão. Estou 100% - disse a brasileira.
Na segunda luta da brasileira, a maior parte do público já estava deixando o ginásio, incluindo o presidente mexicano. Kátia viu Deireanne abrir 8 a 2 ao acertar dois chutes na cabeça. A americana marcou mais um ponto, e a brasileira se machucou de novo. Levantou-se, mas não havia mais tempo e força para uma virada: 10 a 3.
Globo

"ANDERSON ME LIGOU" DIZ LYOTO MACHIDA

Lyoto Machida terá no UFC 140 o maior desafio de sua carreira. Diante do perigoso Jon Jones, o brasileiro terá a chance de reconquistar o cinturão dos meio-pesados do UFC, mas o adversário do atleta tupiniquim impõe muito respeito.  O norte-americano, de apenas 24 anos, é o campeão mais jovem da história do UFC e não tem encontrado adversários na categoria. Jones, em diversas oportunidades, chegou a ter seu estilo comparado com o de Anderson Silva, campeão da categoria de pesos médios.
Porém, a semelhança entre os estilos de  jogo do “Spider” e de Jones não será problema para o brasileiro, já que Anderson já se ofereceu para ajudar nos treinamentos de Lyoto.
“O Anderson já me ligou e disse que gostaria de ir a minha cidade (Belém do Pará) para treinar. Ele quer me mostrar algumas coisas e eu estou esperando. Garanto que vou estar bem preparado para essa luta. Quero superá-lo com a minha técnica”, disse um confiante Lyoto.
O UFC 140 acontecerá dia 10 de dezembro em Toronto, no Canadá, cidade que traz boas recordações para o brasileiro, já que foi lá que Machida reencontrou o caminho das vitórias ao nocautear a lenda Randy Couture no UFC 129, em abril.
“Apesar de ter enfrentado uma lenda do esporte, o público me recebeu muito bem. É uma honra voltar em tão pouco tempo e disputar o cinturão aqui”, encerrou.
PVT

sonnenGADOR DAR 24h PARA ANDERSON ACEITAR O DESAFIO

Chael Sonnen não tira Anderson Silva da cabeça. Depois de finalizar Brian Stann, no último fim de semana, e pedir novamente uma revanche contra o Aranha, o falastrão utilizou sua conta no microblog Twitter para mandar um recado ao campeão dos médios do UFC.

“Anderson, você tem 24 horas para aceitar a minha oferta. Sugiro que você aceite, a próxima oferta não será tão agradável”, desafiou o lutador.

Chael Sonnen foi quem chegou mais perto de derrotar Anderson Silva no UFC. No combate, que aconteceu em agosto do ano passado, o americano castigou duramente o brasileiro, mas acabou finalizado com um triângulo no último round. Depois da peleja, Sonnen foi flagrado no exame antidoping e o Aranha revelou ter lutado com a costela trincada.
Tatame

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

JONES E MACHIDA TEM ESTILOS PARTICULARES

Jon Jones e Lyoto Machida têm estilos de luta bastante particulares, e eles serão testados um contra o outro no dia 10 de dezembro, data em que acontece o UFC 140. Jones, dono do cinturão que já foi do brasileiro, garante que estará preparado para o desafio.

“Vou lidar com o estilo do Lyoto sendo eu mesmo. Ele não competiu com ninguém como eu, e eu não competi com ninguém como ele. Então, tenho que estudar”, disse o campeão, em coletiva de imprensa que aconteceu hoje em Toronto, no Canadá. “Acho que minha maior vantagem será a versatilidade e juventude.

Campeão do UFC aos 23 anos – o mais jovem da história –, Jones se diz tranquilo com o peso e responsabilidade que carrega em suas lutas.

“Estou lidando muito bem, balanceando bem. Quando entrei no esporte não tinha essa coisa de querer ser o melhor, só queria me tornar um cara melhor, mas agora sinto que estou onde deveria, onde trabalhei para estar, e me sinto confortável”, disse.

Embalado por uma vitória maiúscula sobre o também ex-campeão Rampage Jackson, após meses de provocação, Jones disse que se sentirá mais confortável com o comportamento educado e respeitoso de Lyoto, mas que as provocações não lhe atrapalham.

“Não me incomoda... Lidei com a adversidade, mas prefiro ser mais respeitoso, afinal são artes marciais, mas eu entendo”, disse Jon. “Alguns gostam mais do espírito de guerra, dizer que vai nocautear, mas estou confortável com os dois”.

Outro ponto abordado na coletiva foi o convite proposto a Jon pelo ator-lutador Steven Seagal, que ganhou manchetes no MMA por “treinar” com Anderson Silva e o próprio Lyoto, às vésperas do UFC 135. Jones, no entanto, recusou.

“Acho que ele apareceu (no vestiário) para dizer ‘oi’ e oferecer ajuda. Eu agradeci, mas acho que não seria legal. Sabia que essa luta poderia acontecer”, disse, feliz por ter recusado a proposta de Seagal, uma vez que enfrenta Lyoto a seguir. “O respeito, mas que bom que neguei”.
Tatame

ESTREIA DO DOCUMENTÁRIO DE ANDERSON SILVA FOI UM SUCESSO

Campeão dos pesos médios do UFC, Anderson Silva já chegou a declarar que não se considera um popstar. Mas não foi o que se viu nessa quarta-feira (12), quando o documentário “Like Water” (Como Água) estreou no Cine Odeon, no Rio de Janeiro.

No feriado de Nossa Senhora, padroeira oficial do Brasil, Anderson apareceu acompanhado de seus cinco filhos (Kaory, Gabriel, Kalyl, Kauana e João Vitor) e a mulher Dayane, com que é casado desde os 17 anos e atendeu a um batalhão de jornalistas e fotógrafos dos mais variados veículos, que se acotovelaram em frente ao Odeon para conseguir uma foto ou entrevista com o maior lutador de todos os tempos.

Sempre solícito, o lutador atendeu a todos com um largo sorriso estampado em seu rosto, e depois foi chamado ao palco junto ao diretor do filme, Pablo Croce, e recebeu um caloroso aplauso do público presente. Rickson Gracie, Rodrigo Minotauro, Erick Silva, Rogerão Camões e o ator Antonio Pitanga eram apenas algumas das celebridades que se misturavam com os “anônimos” na plateia. No palco antes da sessão, Anderson falou rapidamente sobre o longa metragem.

“O filme mostra o quanto o povo brasileiro não desiste nunca. Acho que todos vão se identificar com alguma parte. Fala sobre honra e lealdade. Estou feliz por ajudar a criar novos herois aqui no país", disse Anderson, que voltou ao seu lugar para assistir o filme junto aos amigos, familiares e fãs.

O documentário exibe a preparação do campeão para sua defesa de cinturão contra o americano Chael Sonnen e começa exibindo a controversa atuação de Anderson na luta com Demian Maia, no UFC 112, que aconteceu em Abu Dhabi. A obra se desenrola após a polêmica atuação de Anderson, que é ameaçado de corte por Dana White caso voltasse a lutar daquela maneira, e mostra o poder de superação do campeão, que mesmo pressionado e com uma grave contusão na costela, passa por cima de todos os problemas e traz uma das vitórias mais belas do MMA, no melhor estilo Minotauro. O longa mostra ainda o lado humano do campeão, o desgaste com o UFC, a sua relação com seu manager Ed Soares, com a família e os companheiros de treino.

Com uma narrativa consistente, o filme emocionou a plateia, arrancou aplausos e gritos empolgados de um público variado, mostrando a popularização do esporte e do campeão, que mesmo que não queira, já virou um popstar. Para quem não teve a oportunidade de assistir “Like Water”, que foi premiado no Festival de Tribeca, em Nova Iorque, ainda há tempo. Confira abaixo o trailer do filme, as fotos da estreia e saiba onde o longa será exibido. 

Quinta-feira (13):

Odeon Petrobrás: 13:40 - Pça. Floriano 7, Cinelândia, Rio de Janeiro – RJ. Tel: (21) 2240-1093;

Estação Vivo Gávea: 20:10 - Shopping da Gávea Rua Marquês de São Vicente, 52 - 4º andar Gávea, Rio de Janeiro – RJ. Tel: (21) 3875-3011.

Sexta-feira (14):

Estação Vivo Gávea: 17h - Shopping da Gávea Rua Marquês de São Vicente, 52 - 4º andar Gávea, Rio de Janeiro – RJ. Tel: (21) 3875-3011

Cine Telabrasil: 19h - Cine Telabrasil - Estrada General Conrobert P. da Costa (ao lado de supermercado Extra) – Realengo. Lotação: 225 (GRÁTIS).

Segunda-feira (17):

Cine Telabrasil: 13:20 - Cine Telabrasil - Estrada General Conrobert P. da Costa (ao lado do supermercado Extra) – Realengo. Lotação: 225 (GRÁTIS).

Estação Vivo Gávea: 19:50 - Shopping da Gávea Rua Marquês de São Vicente, 52 - 4º andar Gávea, Rio de Janeiro – RJ. Tel: (21) 3875-3011.


Tatame