quinta-feira, 3 de setembro de 2015

GABI GARCIA ESTREIA NO MMA NO JAPÃO: 'Lá estão os verdadeiros samurais'


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* O momento é mesmo outro. Se por um lado Gabi Garcia lamentou a derrota para Jéssica Oliveira ainda nas semifinais do ADCC 2015, por outro a lutadora está muito feliz com os novos rumos de sua carreira. Em entrevista a TATAME, Gabi revelou seus planos de lutar MMA e já tem até mesmo luta marcada para este ano, em evento ainda não revelado.
"Vou lutar, já tenho uma luta marcada, dia 31 de dezembro, no Japão. Estou feliz para caramba por ser no Japão, já conheci o país e estou voltando para lá. O público japonês é um amor, super fã de luta, são os verdadeiros samurais e entendem muito bem a arte marcial. Estou treinando com o mestre Rafael Cordeiro em Huntington Beach (EUA), com o Cobrinha também, então estou muito bem amparada, com os melhores ao meu lado. Estou confiante e tranquila, e se der tudo certo, vou iniciar uma nova carreira nessa área". 
A aluna de Fabio Gurgel enfrentará uma judoca chinesa na categoria até 93kg, cujo nome ainda não foi revelado por questões contratuais.
*Por Daniel Barroso e Diogo Santarém

SITE AFIRMA QUE FEDOR ASSINOU COM O UFC.


Site diz que Fedor assinou com o UFC


De acordo com informações do site “Combat Press”, o russo Fedor Emelianenko assinou contrato com o UFC e deve estrear em breve na maior organização de MMA do mundo.
Ainda segundo a reportagem, que cita “fontes próximas” para dar a informação, Fedor pode integrar o card do UFC 193, em novembro, na Austrália, e enfrentar o neozelandes Mark Hunt.
No entanto, conforme confirmou o “MMA Fighting” junto ao empresário do russo, Vadim Finkelchtein, a notícia não é verdadeira, e que o russo estaria sim em contato com o UFC e outras organizações, mas nada ainda foi concretizado.
Vale ressaltar que Mark Hunt tem luta marcada contra Antonio Pezão no UFC 193.
Foto: Josh Hedges/Forza LLC/Forza LLC via Getty Images.

TÉCNICO DE VITOR, DURINHO CRÊ EM LUTA RÁPIDA COM HENDO; " ALGUÉM VAI CAI"


Montagem Dan Henderson x Vitor Belfort (Foto: Infoesporte)


No dia 7 de novembro, Vitor Belfort e Dan Henderson vão concluir a trilogia. Com uma vitória para cada lado, eles farão a luta principal do "UFC: Belfort x Henderson 3", em São Paulo. Para o treinador de jiu-jítsu do brasileiro, o peso-leve do Ultimate Gilbert Durinho, o confronto será resolvido em pé, com triunfo por nocaute, seja de quem for.
- Pelo que estou acompanhando, o Vitor está feliz, tranquilo e bem motivado. Tomara que não adie a luta, porque isso mexe com todo mundo. Tomara que saia essa luta, ele está no começo do camp, vindo de férias e fazendo a parte física. Agora é corrigir os erros, trabalhar bastante a parte de chão, acho que ele vai focar nisso também. Mas essa luta deve ficar mais em pé. O Dan Henderson vem do wrestling, mas, pelo estilo dos dois, a luta não vai durar muito não. Acredito que dure uns dois rounds e alguém vai cair. Espero que seja o Dan Henderson (risos). Acho que essa luta vai se desenrolar em pé - afirmou, em entrevista a jornalistas.

Escalado para o mesmo card de Belfort, Durinho terá pela frente o russo Rashid Magomedov, mas não se sente pressionado pelo fato de poder atuar no mesmo evento do amigo e companheiro de treinos na Blackzilians.
- Estou amarradão. Não vejo pelo lado da pressão ainda não. Pode ser que na hora comece a dar, mas fiquei amarradão quando fui chamado para lutar. Vou lutar primeiro, então estou tranquilo. Se fosse depois era pior. Estou feliz de estar no mesmo evento que o Vitor e vou entrar para ganhar como sempre. Vou dar meu máximo para trazer a vitória e, por enquanto, não pensei nesse negócio de pressão. Estou muito feliz de lutar no mesmo evento que ele, mas sem pressão nenhuma - concluiu.

UFC: Belfort x Henderson 3
7 de novembro, em São Paulo (SP)

CARD DO EVENTO (até agora):
Peso-médio: Vitor Belfort x Dan Henderson
Peso-meio-pesado: Glover Teixeira x Patrick Cummins
Peso-meio-pesado: Fábio Maldonado x Tom Lawlor
Peso-leve: Gleison Tibau x Abel Trujillo
Peso-leve: Gilbert Durinho x Rashid Magomedov
Peso-leve: Yan Cabral x Johnny Case
Peso-galo: Bruno Korea x Matheus Nicolau
Peso-meio-médio: Viscardi Andrade x Gasan Umalatov
Peso-leve: Alex Cowboy x Piotr Hallmann

EM COLETIVA NO RJ, “MINOTAURO” ANUNCIA SUA APOSENTADORIA DO MMA


Minotauro aposentou-se do MMA

Em coletiva realizada no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (1), um dos maiores nomes do MMA de todos os tempos, Antonio Rodrigo Nogueira, o popular “Minotauro”, deu adeus ao octógono para se tornar “Embaixador de Relacionamentos com Atletas do UFC Brasil”.
“Para mim é um grande prazer e uma honra continuar meus laços com o UFC. Sempre tive a paixão de acompanhar o desenvolvimento de novos atletas e é isso que desejo continuar fazendo. Quero ajudar a disseminar o MMA por todo o mundo e dar minha contribuição para o surgimento e desenvolvimento de jovens talentos. Agradeço a confiança que Dana White e que Lorenzo e Frank Fertitta estão depositando em mim, e creio que com muito trabalho vamos alcançar grandes resultados juntos. Eu sei que posso, e vou, contribuir muito para o crescimento do nosso esporte fora do octógono”, pontuou o “Big Nog”.
Com 39 anos e com um total de 44 lutas profissionais ao longo da carreira, o baiano de Vitória da Conquista, que não vinha em um bom momento, com 3 derrotas seguidas, viveu seu melhor momento na carreira nos tempos do extinto evento japonês Pride.
Entre julho de 2001 até dezembro de 2006 – período em que lutou pelo Pride -, “Minota” realizou 22 lutas e venceu em 18 oportunidades, Entre as batalhas antológicas protagonizadas no evento nipônico, estão os 3 confrontos contra o russo Fedor Emelianenko, as batalhas com Bob Sapp, Mirko “Crocop” e Dan Henderson (uma das lutas no Ring’s).
Ao lado de nomes como Wanderlei Silva, brasileiro também aposentado do esporte, “Minotauro” entro para o seleto time daqueles que “penduraram as chuteiras” depois de dar a vida ao esporte.
O MMA Space agradece por tudo que “Minotauro” fez pelo esporte e espera muito sucesso em sua nova empreitada.
Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images.

PRESIDENTE DO UFC E CAMPEÕES HOMENAGEIAM "MINOTAURO”


Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images



O dia 1 de setembro será uma data marcante para muita gente. Hoje, em coletiva no Rio de Janeiro, a lenda Rodrigo “Minotauro” anunciou sua aposentadoria do esporte. E como esperado, a reação de lutadores, treinadores e pessoas envolvidas no esporte foi quase que instantânea.
Confira alguns dos principais comentários enviado para “Minota”.
Dana White – presidente do UFC
“‘Big Nog’ é uma lenda do MMA. Foi uma honra vê-lo competir e estou feliz por vê-lo se aposentar”.
Fabrício Werdum – campeão peso-pesado do UFC
“Hoje é um dia muito especial para todos fãs do verdadeiro VALE TUDO (MMA). Dia q Minotauro se aposentou. Mas ele sempre continuará ajudando nosso esporte. Minotauro!!!! Não sou frutili PERO TE QUIERO! Hahahaha! #minotaIDOLO”
Rafael dos Anjos – campeão peso-leve do UFC
“Muito respeito por esse cara!! Rodrigo Minotauro muito obrigado por tudo, uma verdadeira lenda!”

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

APÓS TITULO RODOLFO COMENTA SOBRE "BATALHA" COM PREGUIÇA: 'Luta mais dura da minha vida'

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Rodolfo vibra após sair vencedor de batalha contra Preguiça (Foto Eduardo Ferreira)
Com um extenso currículo de títulos em sua carreira dentro do Jiu-Jitsu, Rodolfo Vieira conquistou, neste domingo (30), um feito até então inédito em sua trajetória na arte suave. Após uma grande batalha com Felipe Preguiça que durou 40 minutos, o lutador da GFTeam triunfou, ganhando o ouro na categoria até 99 kg do ADCC 2015. Anteriormente, a fera já havia derrotado Xande Ribeiro, Cassio da Silva e Adam Sachnoff em sua campanha no maior evento de luta agarrada do mundo.
Em entrevista à TATAME logo após o título, Rodolfo descreveu o sentimento após a conquista de seu primeiro título do ADCC e afirmou que o duelo contra Felipe Preguiça foi o mais disputado de sua carreira, agradecendo o oponente logo em seguida.
“Foi muito disputado, sem dúvida. Eu sabia que seria uma luta dura, mas não desse jeito. Acho que foi a luta mais dura da minha vida, nunca lutei assim desde que comecei a competir (risos). Não imaginava que conseguiria lutar 40 minutos, mas é isso... Agradecer também ao Felipe, que é um ótimo atleta, um cara muito técnico, com um coração gigante. Agora é comemorar”, declarou Rodolfo Vieira, que ainda brincou com a torcida presente no ginásio.
“Dá um nervoso ver a galera torcendo. Eu senti que a torcida dele estava um pouco maior, e pensei pô, será que ele contratou gente? Porque ele é de BH, né? (risos)'. Mas o Felipe é um atleta muito querido, um cara muito carismático, e estava com a torcida dele e eu com a minha. Foi um show”, encerrou.

"POR ESSE PREMIO LUTO ATÉ COM MINHA AVÓ" - BRINCA ANDRÉ GALVÃO

André Galvão fez história no último domingo (30) no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. O lutador venceu Roberto Cyborg na superluta do ADCC 2015 e, com isso, se sagrou tetracampeão do evento. André já havia conquistado dois ouros em 2011, quando venceu na categoria até 88kg e no absoluto, e era o atual campeão da superluta, quando superou Braulio Estima em 2013, na China. Com o feito, Galvão iguala a marca de Marcelinho Garcia, e se torna o segundo atleta a conquistar quatro títulos do ADCC.

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André Galvão conquistou seu quarto título no ADCC, sendo duas superlutas (Foto Eduardo Ferreira)
Em entrevista à TATAME, Galvão comentou seu desempenho na luta, e falou da diferença que é competir no Brasil.
"Imprimi o ritmo desde o começo. Sabia que estava bem treinado, bem preparado, confiante no meu Jiu-Jitsu, então caí para dentro. O ADCC é isso. Superluta, grande vitória, daqui a dois anos quero ganhar de novo", disse o atleta, antes de complementar.
"Brasil é Brasil, vibração é outra, a galera grita... o UFC é de outro jeito, o futebol é outro patamar... a galera luta junto com você, dá muita motivação. O primeiro ADCC que eu vi na vida foi aqui no Brasil, em 2003, e hoje estou aqui realizando um sonho fazendo a superluta do evento", afirmou.
Por fim, André Galvão ainda comentou como será lutar com Claudio Calasans na próxima superluta do ADCC, já que o atleta, seu companheiro de equipe na Atos, foi campeão do absoluto no ADCC deste ano.
"Cara, eu e Calasans é até difícil de falar... a gente é amigo desde criança, tenho um respeito imenso por ele, mas pelo prêmio dessa luta, eu luto até com a minha avó", encerrou.

FEDOR PODE ESTÁ PRÓXIMO DE ASSINAR COM O UFC?


Instagram Fedor Emelianenko Dana White
As especulações de que o lendário Fedor Emelianenko, ex-campeão do Pride e considerado o melhor peso-pesado de todos os tempos no MMA, estaria próximo de assinar com o UFC ganharam mais força nesta segunda-feira pela manhã. Uma conta de Instagram mantida por fãs do lutador russo postou uma montagem em que ele aparece numa encarada pós-pesagem com o presidente do UFC, Dana White, observando, como faz costumeiramente em seus torneios. Não seria nada demais, se o próprio perfil de Dana - sempre muito ativo nas redes sociais - não tivesse comentado no post, com um simples emoticon de sorriso: ":)"

Logo, uma série de seguidores comentou embaixo, perguntando a White se Emelianenko havia fechado com o UFC, sonho antigo dos fãs de luta que jamais se concretizou apesar de inúmeras negociações através dos anos.

Ex-UFC TEM FRATURA "ASSUSTADORA" EM ESTREIA NO Bellator


Melvin estreou no Bellator na última sexta (28)



A noite da última sexta-feira (28) não foi exatamente como o ex-UFC Melvin Guillard imaginou. Estreando na segunda maior organização de MMA do mundo, o Bellator, o lutador de Nova Orleans não conseguiu superar Brandon Girtz na principal luta da noite e acabou derrotado na decisão dividida dos jurados.

E se a derrota para Girtz, a de número 15 na carreira e a sétima nas últimas 11 aparições, já foi um prato pra lá de ruim, o que veio depois do combate foi ainda pior. Através das redes sociais, o treinador de Guillard, Din Thomas, publicou uma foto da mão direita do lutador, que quebrou durante a disputa:

“Cara mão de Melvin Guillard. Você com certeza escolheu uma hora terrível para quebrar”, brincou Thomas.

Mão de Melvin após luta
Mão de Melvin após luta

Nas últimas 4 lutas, entre março do ano passado até hoje, Guillard anotou 3 derrotas em 4 lutas e passou por 3 organizações: UFC, quando perdeu para Michael Johnson em sua última luta, WSOF, onde fez duas lutas e anotou uma vitória e uma derrota, e por último, na última sexta, quando estreou pelo Bellator.

Foto 1: Josh Hedges/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images.

Foto 2: Reprodução.

sábado, 29 de agosto de 2015

MULHERES DE LINGERIE E POUCA TÉCNICA: CONHEÇA O “Lingerie Fighting”


Conheça o Lingerie Fighting


E quando você acha que já viu de tudo no MMA vem o “Lingerie Fighting Championships” e surpreende a todos.
É difícil imaginar um evento de lutas com esse nome, não? Se você não associou o nome a nada eu ajudo: mulheres, roupas de baixo e pouca técnica!
Assista:



ITENS INDISPENSÁVEIS: COMO PREVENIR LESÕES NO TREINO?


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O MMA é um esporte de contato que exige muito de quem pratica. São horas de treino árduo, a alimentação deve ser correta e não se deve – jamais – desistir. Em toda essa dedicação, muitas vezes o atleta se machuca e acaba tendo que pausar de praticar o esporte até se recuperar. Por isso, as dicas de hoje são de como evitar lesões durante o treino.
Sempre use protetor bucal
Como o próprio nome diz, o protetor é inserido na boca para proteção. Mas se engana quem pensa que é só para isso que ele serve. Dentre algumas funções, está a de ajudar a evitar lesões nas juntas do queixo, lesões cerebrais e fraturas na mandíbula. Outro ponto positivo é evitar alguma hérnia na coluna cervical.
Protetores de cabeça podem lhe salvar
Atletas de grandes organizações como o UFC têm à disposição médicos e especialistas a todo momento. Mesmo assim, se lesionam. Por isso, se você pratica alguma arte, fique atento. Em treinos de alto impacto é importante o uso do protetor de cabeça para evitar lesões, já que os traumas de face e cranianos podem acontecer com chutes e socos dados diretamente contra o rosto e o crânio.
Bandagem nas mãos? Sim!
As bandagens elásticas, também conhecidas como “estilo mexicano”, protegem as mãos durante um treino de Muay Thai, Kung Fu ou Boxe, por exemplo. Elas fazem com que o ajuste nas mãos fique perfeito e que nada atrapalhe na hora de suar a camisa e bater bastante.
Para o seu treino ficar ainda mais completo, acessórios como caneleiras e protetores de tórax  também devem ser utilizados. Todos esses objetos você pode encontrar na Netshoes, loja online de artigos esportivos que conta com diversos facilitadores, e ainda, um cupom desconto netshoes para os leitores do MMA Space que estiverem interessados.

ATLETA DO RN PODE IR PARA DISPUTA DO CINTURÃO NO BELLATOR


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O atleta de MMA Patricky Pitbull venceu o americano Saad Awad no Bellator 141, na noite desta sexta-feira (28/08) por decisão unânime dos jurados, na cidade de Temecula, Califórnia, nos Estados Unidos. O brasileiro dominou a luta durante os três rounds e chegou a levar Saad ao chão no segundo, o que garantiu maior vantagem a Pitbull.
Com a vitória o atleta abre chances de disputar o cinturão da categoria Leve, desafiando o campeão da Bellator, Will Brooks, que já mostrou interesse em lutar com o atleta brasileiro.
Patricky Pitbull é um lutador brasileiro de MMA, patrocinado pela Everlast e atualmente compete na categoria Peso Leve do Bellator MMA. O atleta é irmão do também lutador e Campeão Mundial Peso-Pena do Bellator, Patrício Pitbull.
O atleta se destacou no Jiu-jitsu, Kickboxing e Boxe amador, onde conseguiu vaga para a seleção brasileira em 2006. Patricky é conhecido como um dos lutadores mais empolgantes do MMA.
Seu nocaute sobre o veterano Toby Imada em 2013 passou das 700 mil visualizações no Youtube.
Agressivo, Patricky coleciona vitórias por nocaute – são 9 em 14 vitórias. Foi duas vezes finalista do torneio de Pesos Leve do Bellator MMA e já venceu lutadores como o ex-campeão do WEC Rob McCullough, o ex-UFC Kurt Pellegrino e o campeão de torneio de Pesos Leve da 8ª Temporada do Bellator MMA, David Rickels.
O Bellator MMA, é a segunda maior organização de MMA dos Estados Unidos, com sede na Califórnia, responsável por apresentar alguns dos maiores atletas de artes marciais mistas do mundo.
(Foto: Divulgação)

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

MAYARA AGUIAR E ANULADA NAS OITAVAS E DÁ ADEUS AO SONHO DO BI MUNDIAL


Mayra Aguiar contra Daria Pogorzelec, Mundial de Astana (Foto: IJF Media / G. Sabau and Zahonyi)


O trio brasileiro que entrou no tatame, nesta sexta-feira, pelo Mundial de Astana, no Cazaquistão, não conseguiu se classificar para a disputa por medalhas. Campeã mundial do meio-pesado feminino (78kg) no ano passado, em Chelyabinsk e principal esperança de medalha no dia, Mayra Aguiar foi surpreendida pela polonesa Daria Pogorzelec nas oitavas de final e está fora até mesmo da repescagem. A 14ª do ranking anulou a judoca gaúcha e obteve a vitória com um wazari e um yuko.    

Também não podem mais ir ao pódio Maria Portela e Tiago Camilo, representantes do país no peso-médio (70kg no feminino e 90kg no masculino). Portela foi derrotada também nas oitavas, diante da espanhola Maria Bernabeu. A brasileira acabou sendo excluída no golden score por ter levado quatro shidos. E Tiago Camilo, campeão mundial no Rio 2007, deu azar por ter sido sorteado para um confronto de estreia logo contra o russo Kirill Denisov. O medalhista de bronze no Mundial do Rio 2013 levou a melhor no critério de shidos sofridos, com um a menos que o brasileiro.
Este sábado reserva o último dia de lutas individuais. O Brasil terá quatro atletas em ação: Luciano Correa (100kg), David Moura (+100kg), Rochele Nunes (+78kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg). O país, que entrou na competição com a meta de ganhar mais de quatro medalhas, viu apenas Érika Miranda (52kg) e Victor Penalber (81kg) serem bronze desde o início do torneio.

Tiago Camilo contra Kirill Denisov, Mundial de Astana (Foto: AFP)
Tiago Camilo perdeu para Kirill Denisov na estreia, por ter sofrido uma advertência a mais (Foto: AFP
O Mundial de Astana tem transmissão ao vivo diariamente pelo SporTV, às 2h (de Brasília). Os assinantes do Canal Campeão também podem acompanhar tudo pelo SporTV Play. As semifinais, repescagem e finais desta sexta-feira serão transmitidas pelo SporTV 3, às 8h. 
A campanha de Mayra Aguiar

Mayra Aguiar passou pouquíssimo tempo no tatame em sua estreia, já na segunda rodada. Ela derrubou a chilena Jacqueline Usnayo com um wazari e conectou com a imobilização (osaekomi), liquidando a fatura em 28 segundos.
Antes mesmo de entrar no tatame para as oitavas, Mayra Aguiar viu a campeã olímpica Kayla Harrison, sua principal rival numa eventual quartas de final e para quem perdeu a briga pelo ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, ser eliminada com um wazari no golden score pela coreana Hyunji Yoon. Porém, a brasileira precisava passar pela polonesa Daria Pogorzelec antes de pensar na fase seguinte. Ela saiu atrás ao levar um yuko no começo da luta. Anulada pela rival, Mayra foi para o tudo ou nada, acabou sofrendo um wazari faltando 20 segundos para o fim do combate e não conseguiu fazer nada mais para evitar a eliminação.

A campanha de Maria Portela

Bastante focada, Maria Portela não demorou muito para passar pela estreia. Na segunda vez que levou a luta contra a australiana Aoife Coughlan ao solo, já foi para encontrar uma posição de estrangulamento com as pernas que fez a oponente bater rapidamente - tudo isso em pouco mais de um minuto.

Na segunda rodada, Portela mostrou persistência diante da mexicana Andrea Poo. Depois de ambas as judocas sofrerem um shido, a brasileira conseguiu um wazari, conectando a imobilização. A oponente escapou, mas a disputa se manteve no solo e Portela encontrou outra posição de osaekomi, obtendo um yuko. Na terceira vez que foi aberta a contagem, a atleta gaúcha conservou o golpe para vencer pelo segundo wazari, sinônimo de ippon.

Portela fez uma luta bastante intensa com a espanhola Maria Bernabeu nas oitavas de final. A 26 segundos do fim, ambas já tinham três shidos na conta e qualquer punição significaria a exclusão do combate. O tempo regulamentar terminou e foram mais de dois minutos e meio de golden score até que a brasileira foi advertida pela quarta vez - passou a cabeça por baixo do braço da espanhola sem o objetivo de um ataque real e imediato -,  ficando fora da disputa por medalhas.



A campanha de Tiago Camilo

A luta entre Tiago Camilo e Kirill Denisov envolvia os campeões dos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 e dos Jogos Europeus de Baku 2015, respectivamente. Só isso já dava mostras do alto nível do confronto para um duelo de primeira rodada. O brasileiro tentou passar pela pedreira, mas não teve sucesso.
Ambos os judocas fizeram uma primeira metade de combate muito estudada, dificultando a melhor pegada um do outro, e a arbitragem assinalou um shido para cada lado por falta de combatividade. Tiago levou a pior ao sofrer outra punição, dessa vez por ter segurado com as duas mãos no mesmo lado do quimono do adversário. O brasileiro não conseguiu impor um volume de luta nem para pontuar nem para forçar uma punição do oponente e acabou derrotado.



Missão em Astana

A missão dos judocas em Astana é superar o desempenho do torneio no ano passado, chegando a cinco medalhas. Em Chelyabinsk, na Rússia, o Brasil teve quatro: ouro com Mayra Aguiar (78kg), prata com Maria Suelen Altheman (+78kg) e bronzes com Érika Miranda (52kg) e Rafael Silva, o Baby (+100kg), com exceção do último, lesionado, todos presentes na lista do Mundial de Astana.


Na competição cazaque, o Brasil tem nove representantes em cada gênero, formando o número máximo permitido de 18 judocas. No feminino, fazem parte da equipe Sarah Menezes (48kg), Nathália Brigida (48kg), Érika Miranda (52kg), Rafaela Silva (57kg), Mariana Silva (63kg), Maria Portela (70kg), Mayra Aguiar (78kg), Maria Suelen Altheman (+78kg ) e Rochele Nunes (+78kg). No masculino, o grupo conta com Felipe Kitadai (60kg), Eric Takabatake (60kg), Charles Chibana (66kg), Marcelo Contini (73kg), Victor Penalber (81kg), Leandro Guilheiro (81kg), Tiago Camilo (90kg), Luciano Correa (100kg) e David Moura (+100kg).


PROGRAMAÇÃO DO MUNDIAL

24 de agosto (segunda-feira) - 60kg (Felipe Kitadai e Eric Takabatake) e 48kg (Sarah Menezes e Nathália Brigida) 
25 de agosto (terça-feira) - 66kg (Charles Chibana) e 52kg (Érika Miranda) 
26 de agosto (quarta-feira) - 73kg (Marcelo Contini) e 57kg (Rafaela Silva) 
27 de agosto (quinta-feira) – 81kg (Victor Penalber e Leandro Guilheiro) e 63kg (Mariana Silva) - 
28 de agosto (sexta-feira) – 90kg (Tiago Camilo), 70kg (Maria Portela) e 78kg (Mayra Aguiar)
29 de agosto (sábado) – 100kg (Luciano Corrêa), +100kg (David Moura) e +78kg (Maria Suelen Altheman e Rochele Nunes)
30 de agosto (domingo) – competição por equipes 


HISTÓRICO DO BRASIL EM MUNDIAIS

O Brasil conquistou 40 medalhas em Mundiais. São seis ouros, 11 pratas e 23 bronzes desde a edição de 1971 da competição. Confira a seguir:
1971 (Ludwigshafen/ALE): Chiaki Ishii (93kg/bronze);
1979 (Paris/FRA): Walter Carmona (86kg/bronze);
1987 (Essen /ALE): Aurélio Miguel (95kg/bronze);
1993 (Hamilton/CAN): Aurélio Miguel (95kg/prata) e Rogério Sampaio (71kg/bronze);
1995 (Tóquio/JAP): Danielle Zangrando (56kg/bronze);
1997 (Paris/FRA): Aurélio Miguel (95kg/prata), Edinanci Silva (72kg/bronze) e Fulvio Miyata (60kg/bronze); 
1999 (Birmingham/ING): Sebastian Pereira (73kg/bronze);
2003 (Osaka/JAP): Mario Sabino (100kg/bronze), Edinanci Silva (78kg/bronze) e Carlos Honorato (90kg/bronze);
2005 (Cairo/EGI): João Derly (66kg/ouro) e Luciano Corrêa (100kg/bronze);
2007 (Rio de Janeiro/BRA): João Derly (66kg/ouro), Tiago Camilo (81kg/ouro), Luciano Corrêa (100kg/ouro) e João Gabriel Schilittler (+100kg/bronze);
2010 (Tóquio/JAP): Mayra Aguiar (78kg/prata), Leandro Guilheiro (81kg/prata), Leandro Cunha (66kg/prata) e Sarah Menezes (48kg/bronze);
2011 (Paris/FRA): Leandro Cunha (66kg/prata), Rafaela Silva (57kg/prata), Sarah Menezes (48kg/bronze), Leandro Guilheiro (81kg/bronze) e Mayra Aguiar (78kg/bronze)
2013 (Rio de Janeiro/BRA): Rafaela Silva (57kg/ouro), Érika Miranda (52kg/prata), Maria Suelen Altheman (+78kg/prata), Rafael Silva (+100kg/prata), Sarah Menezes (48kg/bronze) e Mayra Aguiar (78kg/bronze)
2014 (Chelyabinsk/RUS): Mayra Aguiar (78kg/ouro), Maria Suelen Altheman (+78kg/prata), Érika Miranda (52kg/bronze) e Rafael Silva (+100kg/bronze).
2015 (Astana/CAZ): Érika Miranda (52kg/bronze), Victor Penalber (81kg/bronze)


FAIXAS PRETAS SE DESPEDEM DO LENDÁRIO TEMPLO DA ARTE SUAVE CLUB CARLSON GRACIE


Templo fica na memória


Terça-feira, 25 de agosto de 2015.  Nesta data, se encerrou as atividades do templo do jiu-jitsu Clube Carlson Gracie, localizado na Figueiredo Magalhães, em Copacabana, Zona Sul da Cidade Maravilhosa. Ali, centenas de faixas pretas foram formados. Muitos difundem até hoje pelos quatro cantos do mundo os ensinamentos do saudoso mestre, que nos deixou no ano de 2006.

A despedida foi marcada por um grande treino em alto astral no dojo lendário no segundo andar da academia fundada em meados da década de 70. Algumas gerações da equipe se encontraram depois de décadas, e até antigos rivais comapareceram, mostrando a importância do lugar. Entre os discípulos de Carlson estiveram presentes nomes como Amaury Bitetti, Ricardo De La Riva, Ricardo Libório, Paulão Filho, Carlão Barreto, Bebeo Duarte, Bolão, Carslon Gracie Junior e dezenas de outros cascas-grossas.

Filho do homenageado da noite, Carlson Gracie Junior fez um discurso exaltando a história e o trabalho realizado pelo pai. Com o sentimento de dever cumprido, ele convocou os velhos faixas pretas para, no ano que vem, quando se completa 10 anos da partida de Carlson, reunirem o exército e competirem no Campeonato Mundial de Masters representando a Carlson Gracie Team.

Junior, como é conhecido, também pediu um minuto de silêncio em memória do grande mestre. Respeitado o momento, foi a vez de um dos melhores amigos de Carlson, Antônio Santos, vulgo “Apagavela”, se emocionar e bradar: ‘Ele está aqui!”. Morador de Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste, ele teve que pegar três conduções  para chegar em Copacabana, como contou o faixa preta Maurício Carneiro, o DJ Saddam, que emendou:

“Naquele momento todos eram uma única pessoa: Carlson Gracie. Na camisa que estava sendo generosamente distribuída aos presentes estava escrito "lendas não morrem". E esta meca do Jiu-Jitsu, que formou o maior exército de faixas pretas da arte suave e seu fundador, jamais morrerão, pois onde existir um lutador de Jiu-Jitsu, sempre haverá uma semente Carlson Gracie.Carlson vive! Viva Carlson!”.

Curiosamente no último treino de ontem não havia clima triste de despedida, mas sim de comemoração, um reencontro entre grandes campeões formados pelo mestre que continuam perpetuando seu DNA e sua história no mundo das artes marciais. O espaço físico pode fechar, mas o legado Carlson Gracie nunca se apagará. 

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Amaury Bitetti – maior vitorioso da equipe de jiu-jitsu:

“Isso é muito emocionante. Meu pai fez parte dessa história, ele era sócio do Carlson, fui criado com o Juninho (Carlson Gracie Jr.) desde moleque. Isso aqui não tem fim. A academia acabou, mas o espírito Carlson Gracie continua.  Os atletas aqui tinham um espírito competidor. O Carlson separava os caras que tinham aptidão para guerra dos que não tinham aptidão para a guerra. Por isso a gente vencia todo mundo. Enfim, o Carlson só formava guerreiros. Essa é a nossa história. Não podia contaminar  os guerreiros, todo mundo tinha medo desse vírus. A gente partia para a guerra.”

Paulão Filho – considerado um dos fenômenos da academia:

“Encontrei pessoas que eu não via há 20 anos, sem exagero. É triste, porque tudo começou aqui. Hoje em dia temos o Libório, que tem um grande projeto nos Estados Unidos, temos outros atletas com projetos na Europa, na China. Tudo começou aqui. Esse é um templo. Torço para que algum órgão, algum empresário, alguma pessoa com dinheiro honre esse lugar que formou tanto campeão. Na minha opinião, foi o maior celeiro de atletas de combate do planeta.  Nunca tive momento ruim aqui. Tirando a separação, que é algo natural da vida, eu só tive momentos maravilhosos aqui. Muitas conquistas, muitas histórias do Carlson, o jeitão dele de ser, de lidar com os alunos, com as competições, a forma dele lidar com o comportamento e o temperamento e cada um. Sou suspeito para falar”.

Ricardo Libório – considerado um dos mais técnicos da equipe; fundador e líder da American Top Team:

“Eu aprendi tanta coisa na minha vida em termos de superação, que eu não vejo isso como final, eu vejo como recomeço para a Carlson Gracie Team se tornar ainda mais forte, para todo mundo se unir ainda mais para manter essa imagem e o legado dele. Não vamos para o passado e tentar mudar o que passou. Vamos olhar para o futuro e ver o que é melhor. As principais equipes do mundo vieram do Carslon Gracie e isso tem que ser lembrado. A imagem só vai morrer se pararem de falar.”.

Carlson Gracie Jr.:

“Esta academia teve vários anos de história. Eu estou nos Estados Unidos e a mamãe não tem mais condições de manter os negócios da academia. A decisão foi a pedido da minha mãe. Estou feliz porque vi muita gente que não via há muito tempo, vários professores que me pegaram no colo. Agora vamos lutar o master juntos, vamos montar nosso exército e competir pela Carlson Gracie nos 10 anos de falecimento do meu pai”.   

PATRICKY PITBULL NO PESO PARA DUELO CONTRA SAAD AWAD


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Protagonista da co-luta principal do Bellator 141, que acontece nesta sexta-feira na Califórnia, EUA, Patricky Pitbull fez uma encarada tensa contra Saad Awad na pesagem desta quinta-feira. O brasileiro bateu 70,8 kg na balança contra 70,7 kg de seu adversário. Já os protagonistas da luta principal, Melvin Guillard e Brandon Girtz, pesaram 70,5 kg e 70,7 kg respectivamente. 




Bellator 14128 de agosto Temecula, EUA

CARD PRINCIPAL 
Brandon Girtz (70,7 kg) x Melvin Guillard (70,7 kg)
Saad Awad (70,7 kg) x Patricky Freire (70,8 kg)
Josh Burns (119,2 kg) x Justin Wren (111,6 kg)
Raphael Butler (118 kg) x Lorenzo Hood (116,2 kg)

CARD PRELIMINAR
Johnny Cisneros (77,5 kg) x Gabriel Miglioli (77,2 kg)
Luc Bondole (92,2 kg) x Ray Sloan (91,6 kg)
Adrienna Jenkins (65,5 kg) x Lissette Neri (64,9 kg)
Steven Ciaccio (77,3 kg) x Curtis Millender (77,4 kg)
James Barnes (65,8 kg) x A.J. McKee (66,1 kg)
Ilima Macfarlane (56,8 kg) x. Maria Rios (56,9 kg)
Arlene Blencowe (66,1 kg) x Marloes Coenen (66 kg)
Derek Anderson (70,7 kg) x Brent Primus (70,5 kg)
A.J. Matthews (83,8 kg) x Emiliano Sordi (84,2 kg)

ESPOSA DE BROWNE COMENTA SOBRE SUPOSTO CASO DO LUTADOR COM RONDA ROUSEY


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Campeã peso-galo feminino do Ultimate, Ronda Rousey atrai atenções não só dentro do octógono, mas também fora dele, sendo considerada uma das musas do esporte. Justamente por isso, os passos da americana são registrados a todo momento. O assunto do momento seria o envolvimento de “Rowdy” com Travis Browne, atleta peso-pesado do UFC. Vale ressaltar que, anteriormente, a lutadora já namorou com Brendan Schaub, também do UFC.

Os rumores aumentaram após circularem fotos na internet onde os dois estariam juntos em um restaurante. Os registros foram tirados por um homem, que fotografou a filha no local com a intenção de flagrar Ronda e Browne ao fundo. O lutador percebeu no momento e aparece visivelmente irritado na imagem, enquanto encara a câmera fotográfica.

Vindo de derrota para Andrei Arlovski em seu último duelo, Travis Browne está suspenso pelo Ultimate e sendo investigado pela polícia devido às acusações de sua ex-esposa por violência doméstica. Jenna Renee, que é modelo, falou sobre o suposto namoro entre Ronda e Travis.

“Já soube disso há um tempo e estou completamente enojada. Eu esperava mais de alguém como a Ronda, ela deveria sentir vergonha de si mesma. Para falar a verdade? É questão de tempo para que ela veja suas reais cores. Espero que não chegue nessa situação, mas se chegar, ela está escolhendo ficar com um cara casado que está sob investigação por violência doméstica. A minha parte eu fiz... Quem é a #DNB que está com um cara casado que bateu na esposa”, disse Renee na sua conta do Twitter, em alusão às camisas “Don't Be a Do Nothing Bitch” (Em português, “Não seja uma vadia inútil”), campanha de Ronda, que já vendeu quase 40 mil camisetas para ajudar o grupo Didi Hirsch Mental Health Services, que auxilia pessoas com problemas mentais e ajuda mulheres no que é relacionado à imagem corporal.

http://www.tatame.com.br/tatame/noticias/esposa-de-browne-comenta-sobre-suposto-caso-do-lutador-com-ronda-enojada

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

ADCC SERÁ ESSE FIM DE SEMANA, E BRASILEIROS DOMINAM O EVENTO

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Romulo Barral é o atual campeão na categoria até 88kg
(Foto Eduardo Ferreira)



Marcado para os dias 29 e 30 de agosto, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, o ADCC - maior competição de luta agarrada do mundo - contará com verdadeiras feras do Jiu-Jitsu na atualidade. Com a proximidade do evento, a organização anunciou a venda total dos ingressos, e a expectativa é por um ginásio do Ibirapuera lotado para as emoções do torneio. O acontecimento vai marcar o retorno do Abu Dhabi Combat Club à São Paulo, que já havia sediado a edição de 2003 e é a única capital latino-americana a receber o importante evento.

Apesar de só ter sido disputado em solo brasileiro uma única vez, o ADCC é marcado por uma enorme supremacia tupiniquim. Praticamente todos os campeões mundiais do torneio são brasileiros. Para se ter uma idéia, dos 60 títulos possíveis (6 categorias em 10 edições) no masculino, 47 terminaram em mãos brasileiras. E, no feminino, a vantagem é ainda maior: 12 conquistas do Brasil de um total de 14 possíveis.

O maior campeão do torneio é o lutador Marcelinho Garcia, que já faturou quatro títulos na categoria até 77kg. O tetracampeão subiu no lugar mais alto do pódio nos anos de 2003, 2005, 2007 e 2011. Poderia ter sido pentacampeão consecutivo da categoria, mas, em 2009, perdeu na grande final para o também brasileiro Pablo Popovicth e viu o feito escapar.

*Confira aqui todos os campeões do ADCC

Outros quatro brasileiros já se sagraram campeões do ADCC por três vezes. 

  • Ricardo Arona foi bicampeão até 99kg em 2000-2001 e ainda levou o título absoluto no segundo ano que venceu. 
  • Royler Gracie dominou a categoria até 66kg de 1999 a 2001. 
  • Fabrício Werdum. Hoje uma estrela internacional, "Vai Cavalo" foi o campeão da categoria +99kg em 2007 e 2009.

Entre as mulheres, 

  • Kyra Gracie foi a melhor até 60kg em 2005, 2007 e 2011, 
  • Hannette Staack venceu em 2007 e 2009 na categoria até 67kg e levou o absoluto em 2007.

*Confira a lista completa de participantes do ADCC 2015

Na última edição do torneio, que aconteceu em 2013, na China, os brasileiros dominaram, como de costume, e levaram as oito medalhas de ouro possíveis na competição. Rubens Charles (até 66kg), Kron Gracie (77kg), Romulo Barral (88kg), João Assis (99kg), Marcus Almeida (+99kg) e Roberto Abreu (absoluto) são os atuais campeões masculinos, enquanto Michelle Nicolini (60kg) e Gabrielle Garcia (67kg) são as brasileiras que triunfaram na China.

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MESTRES COMENTAM SISTEMA DE GRADUAÇÃO A FAIXA PRETA


Zé Mario Sperry é muilticampeão do ADCC, principal torneio de luta agarrada (Foto Eduardo Ferreira)



















* A opinião é quase unânime: a entrega da faixa preta para um praticante de Jiu-Jitsu, hoje em dia, anda sem critério. Para entender um pouco mais sobre como a comunidade da arte suave vê o tema, a TATAME entrou em contato com alguns nomes referências no esporte.

Zé Mario Sperry, por exemplo, remeteu à época de Carlson Gracie, formador de alguns dos melhores faixas-pretas do mundo na atualidade, mas lembrou que hoje em dia os tempos são outros.

“Na minha época, o Carlson Gracie dava pelo mérito, mas eram outros tempos. Hoje, com o profissionalismo, acho que seria uma coisa para uma Confederação ou Federação no topo da gestão definir. Traçar uma estratégia para fornecer as faixas pretas”, afirmou Mario Sperry.


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Rogério Gavazza, João Alberto Barreto e Sylvio Behring durante os treinos (Foto FlashSport)
Já Sylvio Behring foi mais incisivo. Formador de grandes lutadores e referência em defesa pessoal, o presidente da CBJJD (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Desportivo) criticou.

“É bagunça porque é bagunça mesmo, não tem critério nenhum. Faixa-marrom deveria passar pelo menos um ano em provação, assistindo seminários e se preparando para a preta”, disse o faixa-vermelha Behring, que teve o seu ponto de vista compartilhado por Chico Mendes.


“Sinceramente, acho que tem muita gente dando faixa preta sem ter noção do que é isso. Teve um professor que graduou a esposa da faixa azul para faixa preta só para ir dar aula na Arábia. Pior que não é só um caso não, tem muitos outros faixas-pretas falsos ou faixa-preta de avião (embarcou para outro lugar se gradua). E ainda tem professor/mestre que assina por essas pessoas. Eu cresci aprendendo que para ser faixa preta de Jiu-Jitsu tinha que saber Jiu-Jitsu com quimono, sem quimono e defesa pessoal. Lembro que muito poucos que pegavam a faixa preta sem nunca terem lutado. Hoje em dia a coisa anda diferente”, criticou Mendes.


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André Galvão é um dos princilais lutadores em atividade (Foto Eduardo Ferreira) 

André Galvão, por sua vez, foi mais profundo. Segundo o lutador - e também mestre -, a faixa preta representa muito mais do que apenas o conhecimento técnico do esporte, e sim uma filosofia de vida, uma responsabilidade de sempre ser o exemplo dentro e fora do tatame.

“A faixa preta é merecida por tudo o que você faz pelo esporte, não só em campeonatos, como também com as pessoas da sua academia. O faixa-preta deve ser uma pessoa exemplar, alguém que as pessoas olhem como um ideal a seguir. Tem gente que pega a faixa preta e fica muito poderoso, é algo com que deve se tomar cuidado. A pessoa deve ser disciplinada, um exemplo dentro e fora do tatame. Não é bacana a pessoas receberem a faixa preta em um período muito curto. O Jiu-Jitsu é uma arte complexa. Enquanto ela não estiver apta a ensinar, não saber o que é formar um aluno, ela não deve receber a faixa preta. Acho que tem muita gente focada no dinheiro. O Jiu-Jitsu é uma área na qual você vai começar a fazer a dinheiro no momento em que abre uma academia e tem seus próprios alunos. É difícil fazer dinheiro como atleta, as pessoas lutam mais por amor. E nisso, alguns confundem as coisas e acabam achando que o Jiu-Jitsu é como o Caratê ou Taekwondo em que se devem dar as faixas de forma rápida. Antigamente as pessoas demoravam 10, 12 anos para pegar a faixa preta, e hoje tem muita gente querendo pegar em três, quatro anos. A galera sabe o poder da faixa preta e tem pressa para fazer dinheiro. Mas por dentro você sabe se é merecedor. Quando a faixa é amarrada em quem não merece, a pessoa só vai passar vergonha”, opinou André Galvão.

* Por André Santos, Diogo Santarém e Gustavo Pereira

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

LUTADORA DE JIU JITSU AGRIDE LADRÃO DE CELULAR


Mulher bateu em suspeito que tentou roubar seu celular, na Orla de Camburi, Vitória  (Foto: Mayra Bandeira/ A Gazeta)


Um homem tentou roubar o celular de uma lutadora de jiu-jítsu, na manhã de desta terça-feira (25), em Vitória. A vítima passeava de bicicleta com uma amiga, na orla de Camburi, quando foi surpreendida pelo criminoso. Ela reagiu dando socos e chineladas no suspeito, que foi levado para a 1ª Delegacia Regional de Vitória e autuado por roubo.
A vítima, de 23 anos, contou que pedalava com a amiga na orla, quando pararam para tirar uma foto. A lutadora notou a aproximação do suspeito e chamou a amiga para ir embora, mas o suspeito teria tentado pegar o equipamento.
O suspeito estava descalço, com a camisa jogada no ombro e vestia apenas uma calça. “Vi que ele estava desarmado e parti para cima”, disse a vítima, que reagiu dando socos no ladrão. “Com uma mão eu segurava o celular e com a outra comecei a dar socos nele”, relatou.
saiba mais
Em determinado momento, o suspeito disse que não iria mais assaltá-la e iria embora.O homem ainda tentou pegar a camisa dele, que havia caído em cima das bicicletas.
“Vi que ele voltou e, como não sabia o que pretendia fazer, continuei dando socos nele. Depois, peguei meu chinelo e fiquei batendo nele, que caiu”, contou a vítima.
Prisão
A cena chamou a atenção de três homens que passavam pelo local. Eles pararam para ajudar as vítimas e gritavam para o ladrão ir embora. Foi quando o suspeito se levantou do chão e começou a andar, indo embora do local. Uma equipe da Guarda Municipal chegou no momento da confusão e prendeu o assaltante.
* Com informações de Mayra Bandeira, do jornal A Gazeta.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

JOÃO MIYAO VOLTA A VENCER O ABSOLUTO EM BOSTON - EUA


João Miyao ataca o pé do adversário. Foto: Ivan Trindade/ GRACIEMAG


Novamente João Miyao venceu um absoluto de Jiu-Jitsu. No último fim de semana em Boston, Massachusetts, o faixa-preta de Cícero Costha dominou o peso-pluma e o absoluto no Boston Open da IBJJF.

No feminino, os holofotes foram para Evelyne Déry, campeã do absoluto.

Veja quem venceu na faixa-preta:

Peso-pluma

1) João Ricardo Bordignon Miyao – PSLPB Cicero Costha

2) David J. Herndon – Ultimate MMA Training Center

Peso-pena

1) Samir José Chantre Dahás – Caio Terra Association

2) Rodrigo Ranieri de Faria – CheckMat USA

Peso leve

1) Renan Borges – New England United BJJ

2) Kim Terra – Brasa CTA

3) Rafael J. Quinones – Soul Fighters BJJ Connecticut

Peso médio

1) Javier Valenciano Yamuni – Renzo Gracie International

2) Vinicius Agudo Silva – Soul Fighters BJJ Connecticut

3) Alessandro Pinto Cordeiro Martins – Gile Ribeiro JJ

3) Revilis Barcelos Apolinario – Fenix BJJ

Peso meio-pesado

1) Romulo de Souza Azevedo – Welton Ribeiro

2) Brian J Beaury II – Abusado Team

3) Jarod R Lawton – New England United BJJ

3) Fabio Medeiros – Renzo Gracie Newark

Peso pesado

1) Diego Gamonal Nogueira – Brazilian Top Team

2) William A Shannon – Atos Jiu-Jitsu

Pesadíssimo

1) Christopher J Haraszti – Roberto Traven BJJ

2) Lincoln Jeferson Pereira – Renzo Gracie Academy

Absoluto

1) João Ricardo Bordignon Miyao – PSLPB Cicero Costha

2) Lincoln Jeferson Pereira – Renzo Gracie Academy

WSOF:TORNEIO PESO-LEVE com Macaco e Zeferino




O formato de torneios, que marcou o início do UFC e fez parte de diversos eventos na história do MMA está de volta. O WSOF anunciou que fará um torneio de uma noite entre oito pesos-leves no dia 20 de novembro, na edição de número 25 da organização, que acontece em Seattle, nos EUA. Segundo o vice-presidente executivo do evento, Ali Abdel-Aziz, o vencedor fará três lutas na mesma noite.

- O campeão terá lutado três vezes na mesma noite, e será coroado campeão do torneio. Será a volta dos tempos dos gladiadores. Um gladiador lutava sem parar até atingir seu objetivo final, e será assim no WSOF 25. Os fãs antigos gostarão do evento, e os mais novos vão querer assistir todas as lutas até que saia um campeão - disse Aziz, no programa "MMA Hour". 

Entre os competidores estarão os brasileiros João Zeferino e Jorge "Macaco" Patino, e também Islam Mamedov, Mike Ricci, Rich Patishnock, Brian Cobb, provavelmente o vencedor da luta entre LaRue Burley e Brian Foster e mais um atleta ainda não revelado. As chaves ainda não foram informadas, mas o ranking do evento tem Mamedov como número 1, Zeferino como número 2, Cobb como número 4, o vencedor de Burley x Foster como número 5, Patishnock como número 7 e Patino como número 8. O número 1 lutará com o número 8, o número 2 contra o número 7 e assim por diante

CHARLES DO BRONX INTERROMPEU SEQUÊNCIA DE VITÓRIAS.


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O que poderia terminar como um sonho para Charles do Bronx na noite deste domingo, virou um pesadelo. O lutador, que mirava uma disputa pelo cinturão do peso-pena do UFC, sentiu uma lesão no primeiro round e deixou a arena de Saskatoon, no Canadá, com uma derrota para Max Holloway. Após mistério sobre a lesão, o Ultimate divulgou, em nota oficial, que o brasileiro teve uma microrruptura no esôfago.Ainda internado no Canadá - situação que deve ser mantida até esta terça-feira -, Charles falou por telefone com a reportagem doCombate.com. Chateado com o resultado negativo, revelou que, durante a preparação para o confronto, havia sentido uma lesão no pescoço, mas garantiu que entrou no octógono sem nenhuma dor.

" Primeiramente, é triste uma oportunidade dessa de chegar mais próximo do título acabar passando. Infelizmente tive uma lesão no pescoço, que já tinha sido tratada. Fiz bastante fisioterapia e estava 100% para a luta. Na hora da luta acabei voltando a sentir essa dor, que paralisou meu lado esquerdo todinho, e não pude dar continuidade. Agora é esperar os médicos fazerem os exames aqui e ver no que vai dar "- afirmou Do Bronx. 

Após o árbitro Herb Dean declarar o americano como vencedor,Charles teve que receber atendimento e só deixou o local de maca e com um colar cervical. Ainda preocupado com o lutador, o treinador Ericson Cardoso destacou a dor do brasileiro, mas garantiu que a situação no momento é estável.

" Ele sentiu o pescoço, que travou e causou uma dor muito forte. Foi para o médico, que inclusive está no hospital, e fez os exames. Ele está bem, só o pescoço está dolorido, que ele não consegue mexer muito bem. Provavelmente ele ainda vai ficar internado no Canadá só para fazer uma bateria de exames. Graças a Deus está bem e até agoniado, querendo ir embora, mas não pode enquanto não fizerem tudo para saber o que aconteceu".

Do Bronx teve uma sequência de quatro vitórias consecutivas interrompida. Antes do combate, o objetivo do lutador era vencer o quinto colocado do ranking para aparecer como um dos postulantes a desafiante da categoria dominada por José Aldo.

sábado, 22 de agosto de 2015

CONFLITOS NOS GRACIES: FAIXA AZUL DANDO AULA, ESQUECERAM A DEFESA PESSOAL, HELIO DE FAIXA AZUL


Conflito de gerações! Família Gracie diverge sobre métodos de ensino do jiu-jitsu

O jiu-jitsu brasileiro é uma arte marcial que passou a ser difundida desde o começo do século XX, quando Carlos Gracie teve aulas com o japonês Mitsuyo Maeda e repassou os ensinamentos ao seu irmão Helio, que adaptou a arte suave a partir de um sistema de alavancas que possibilitou pessoas frágeis derrotarem adversários bem mais fortes.

Com a expansão da arte marcial, foi inevitável que a modalidade virasse um esporte e evoluísse como tal. No entanto, será que o sistema de defesa pessoal criado por Helio ficou em segundo plano em detrimento da competição de alto nível e da alta demanda mercadológica? O que mudou nos métodos de ensino da nova escola Gracie, capitaneada pelos irmãos Ryron e Rener, se compararmos com a velha guarda, representada pelo filho dos criadores, Robson e Relson Gracie?

A Ag. Fight foi em busca dessas respostas motivada pela notícia de Houston Cottrell, um jovem de 16 anos, que se tornou o instrutor mais jovem da história a comandar uma filial da academia Gracie, localizada no Mississippi (EUA). O caso gerou polêmica na internet e até revolta por parte de alguns professores de jiu-jitsu, que afirmaram ter dedicado mais de dez anos de suas vidas para terem o direito de ministrar aulas.

O americano faixa-azul foi graduado justamente pelos irmãos Ryron e Rener, filhos de Rorion Gracie, criador do UFC na década de 90. E em meio à chuva de críticas e até das ofensas pessoais, o mais velhos dos membros da mais nova geração de faixas-pretas da família deu sua versão sobre a controversa história e garantiu que só autorizou o rapaz a abrir a academia após Houston obter um certificado, resultado de um treinamento específico para exercer a função, que tem suas restrições.



“Houston é o garoto mais maduro que já conheci da idade dele, ele se graduou aos 16, está com 17 agora e segue ensinando o que nós o treinamos. Ele é muito talentoso e quando pegou a faixa azul, passou por todo nosso programa para virar instrutor. Confesso que não achei inicialmente uma boa ideia ter um garoto de 16 anos ensinando, mas ele é muito especial. Cottrell me disse que queria abrir a academia após o curso. Perguntei se ele tinha condições de comandar uma filial e ele me respondeu que queria fazer isso para o resto da vida. Normalmente, alguém deveria ter uns 19 anos para instruir, mas esse moleque é tão sagaz que autorizei ele a ensinar o nível um do jiu-jitsu, só para iniciantes”, disse Rener.

De acordo com o treinador, o jovem faixa-azul só está autorizado a ensinar o jiu-jitsu básico, e tem que repetir exatamente os ensinamentos passados por Rener, que fez questão de diferenciar a “afiliação” de uma academia Gracie para a “certificação” a que o jovem americano foi submetido.

“Tudo que ele está ensinando aos alunos é exatamente o que passamos durante a certificação. Ele está repetindo o que ensinei. O diferencial é que nossos instrutores são certificados por nós, sabemos o que estão fazendo, e o Houston tem os mestres deles, que sou eu e Ryron. Faço visitas a sua academia para ver a evolução. Todo mundo tem que aprender os fundamentos básicos que não mudam e o Houston está apto a ensinar isso. A diferença é que os instrutores que vão para o processo de certificação, ficam meses aprendendo conosco. Nós lhe ensinamos o currículo básico, depois ficam mais dois meses só fazendo um curso para instrutor. Esses instrutores não estão autorizados a criar ou modificar nenhuma técnica, tem que ensinar exatamente o que está proposto no currículo. Em uma afiliação, o professor faz o que quer e paga uma taxa anual, aqui eles seguem nosso modelo”, esclareceu.

Na Gracie Academy de Rener e Ryron, com sede em Torrance (EUA), a arte marcial é dividida em quatro níveis de ensino. No primeiro, os instrutores, que são faixas-azuis em sua maioria, estão aptos a ensinar faixas-brancas e iniciantes. Por sua vez, faixas-roxas podem dar aulas para o jiu-jitsu nível 2, enquanto que os marrons estão aptos a ensinar atletas do nível 3. Apenas faixas-pretas podem dar aulas no nível 4, para alunos graduados.


Conflito de gerações! Família Gracie diverge sobre métodos de ensino do jiu-jitsu

Patriarca da família condena escolha

Apesar da avaliação ser criteriosa, Robson, patriarca da família e filho de Carlos Gracie, não consegue nem ouvir falar das inovações promovidas pelos filhos de Rorion, principalmente quando o assunto é a escolha do americano Houston Cottrell, e pede rigor aos órgãos que controlam o esporte.

“Não precisa mais ter tradição e história para se abrir uma academia. Tem que existir uma tomada de posição dos órgãos dirigentes para as coisas serem colocadas em seus devidos lugares, se não vira essa zorra que está aí. Como você vai cuidar da educação ao seu filho em uma academia como essa? Como um faixa-azul pode abrir uma academia? Não dá para confiar, seu filho vai ser deseducado por uma figura dessa”, disse Robson, apontando as credenciais que considera necessárias para que alguém seja instrutor de uma academia Gracie.

“Para ser instrutor, tem que no mínimo ser faixa-marrom da federação pela qual é filiado. Você está cuidando da educação do filho dos outros, isso é muito sério rapaz. Ainda estão usando o nome da família Gracie… Eu fiz o meu curso em Gestão de Artes Marciais ministrado pelo Ministério de Educação e estou querendo aprovar um projeto de lei que exija esse diploma para os instrutores de todas as artes marciais”, disse Robson, que é presidente da Federação de Jiu-Jitsu do Rio de Janeiro e faixa vermelha do modalidade.

O curioso é que justamente Helio, o homem que desenvolveu o jiu-jitsu brasileiro, deu a sua primeira aula aos 16 anos. Como era muito frágil, com saúde debilitada e proibido de treinar pelo médico da família, Helio assistiu as aulas de Carlos desde os 13 anos de idade. E, após decorar os movimentos, aproveitou a ausência do irmão em certo dia para ministrar uma aula particular sem nunca ter colocado a arte suave em prática até então. O resultado? A aula foi um sucesso e o estudante pediu para treinar exclusivamente com Helio, que ‘tomou’ o aluno de seu irmão mais velho e mentor.

Aos 32 anos, Rener é neto de Helio e começou a dar aulas de jiu-jitsu quando tinha apenas 13. O primeiro aluno do Gracie foi uma criança de apenas cinco anos, vítima de bullying no colégio. Rener não só mudou a vida do menino, lhe devolvendo a confiança, como mudou a sua própria vida, já que, como gosta de dizer, descobriu naquele momento sua missão era expandir a arte suave criada pelo seu avô para o maior número de pessoas que pudesse atingir.

Com base em suas experiências pessoais, no talento de Houston Cottrell e na legislação americana, Rener mais uma vez viu embasamento para defender o seu jovem instrutor.

“Se um garoto de 17 anos pode ir lutar na guerra nos Estados Unidos e responde como adulto por seus atos, porque não pode abrir uma academia de jiu-jitsu? Imagina o nível que ele vai estar quando for instrutor aos 20 anos. Quem ensina aprende duas vezes. Por isso dividimos o jiu-jitsu em quatro níveis. Ensinar é a melhor maneira de aprender. Meu avô sempre dizia que não era um lutador, mas um professor que lutava para provar o que acreditava”, declarou Rener.


Conflito de gerações! Família Gracie diverge sobre métodos de ensino do jiu-jitsu
Relson Gracie é defensor do jiu-jitsu como defesa pessoal – Erik Engelhart

Por sua vez, Relson, segundo filho mais velho de Helio, se mostrou mais flexível do que o patriarca Robson Gracie quanto ao fato de um faixa-azul estar comandando uma filial que carrega o nome da família. Para o também faixa-vermelha, é preciso que seus instrutores novatos repitam exatamente o que lhe foi ensinado, “sem inventar moda”, e sempre com supervisão de Relson, que visita as 60 filiais espalhadas pelo mundo periodicamente.

“Tenho um aluno que começou a dar aula como faixa-azul terceiro grau. Hoje ele é roxa terceiro grau e está com 120 alunos. Ele repete tanto as posições com os alunos que vai se aperfeiçoando também e formatando o seu jiu-jitsu. Como estou presente nas filiais quatro vezes por ano, posso ver como está a evolução de cada uma delas. De três em três meses eu faço uma visita e, em cada ida ensino 20 posições para o instrutor. Ele vai ficar três meses só fazendo essas posições com os alunos. Volto três meses adiante e ensino mais 20 e assim vai. O instrutor é treinado para fazer uma repetição da minha aula, o rapaz é obrigado a anotar todas as posições e mostrar que tem a capacidade de fazer. Pode ser um faixa-roxa ou faixa-azul terceiro grau, ele tem que ter a capacidade de repetir. Ele não pode querer inventar, para não se enrolar. Ao longo de anos de seminários, a associação vai crescendo e começa a andar com suas próprias pernas, à medida que os alunos vão se graduando”, disse Relson.

Gracie University quebra paradigma ao ensinar jiu-jitsu pela internet

Como não queria colocar fronteiras na ‘gentil arte’, Rener penou para conseguir implementar uma escola de jiu-jitsu virtual, que no início teve a reprovação do seu próprio pai. Sem saída, ele fez um acordo com Rorion e pediu um ano para que pudesse provar que o seu sistema de jiu-jitsu pela grande rede funcionava. Após o período, seu pai aprovou a ideia do filho e ficou orgulhoso quando os faixas-azuis graduados pela internet compareceram à sua filial e demonstraram intimidade com as técnicas.

“Meu pai foi um grande crítico quando eu contei a ideia da Gracie University, assim como meu tio e todos os membros da ‘old school’ da família. Todos diziam ser impossível alguém aprender pela internet. Combinamos que ele iria ver o experimento durante um ano para ver se liberava. Depois, ele se surpreendeu com o resultado alcançado. Foi assim que convenci meu pai de que é uma boa opção para aqueles que não possuem uma academia perto de casa”, narrou.

A Gracie University, uma espécie de faculdade de jiu-jitsu onde os alunos têm acesso a um vasto material disponível na internet e que conta com mais de 100 mil alunos matriculados em cerca de 196 países, já possui seis anos de funcionamento. Rener reconhece que nada substitui uma academia física com diferentes parceiros de treino, mas acredita que a Universidade Gracie tem ajudado muita gente.

“É claro que a melhor opção é a academia, mas para quem não tem esse recurso, a Gracie University é excelente. Muitos dos meus parentes não sabem que essas pessoas treinam duro com seus parceiros em garagens espalhadas pelo mundo e tem uma ótima técnica. Eles treinam e periodicamente fazem visitas para revisar o aprendizado. Temos tudo disponível no nosso site e o que muitos críticos não sabem, é que que a Gracie University não é só para as pessoas assistirem vídeos. Eles assistem no tatame várias vezes até fazerem a técnica perfeita em suas garagens. Depois gravam os vídeos, mandam para a gente e nós corrigimos cada detalhe, independente de qual lugar do mundo você esteja”, disse Rener, ressaltando que a graduação online vai só até a faixa azul.

“Esses atletas são graduados como “faixas-azuis técnicos”, é como uma congratulação simbólica por eles terem aprendido a técnica, os movimentos. Mas para eles serem credenciados como autênticos faixas-azuis, devem fazer uma visita a uma de nossas academias para que possamos certificá-los. Não existe graduação pela internet para os faixas-roxas, só até a azul. Nosso currículo para iniciantes é o mesmo desenvolvido pelo Helio Gracie, somos muito cuidadosos com isso”, garantiu o neto de Helio.

Velha guarda condena jiu-jitsu virtual            

 Se Relson Gracie se mostrou mais flexível com relação ao fato de um faixa-azul dar aulas básicas de jiu-jitsu, quando o assunto é a arte suave ensinada pela internet, o filho de Helio Gracie não concorda com seus sobrinhos e revelou que seu pai também condenou a novidade, quando ainda estava vivo.

“Sou totalmente contra. O Helio Gracie falou que isso não funciona. Pode te ajudar a aprender uma posição, mas você não vai ter a compreensão, um ajuste, uma confirmação, isso só se consegue no contato. Tem que sentir a pressão, e pela internet é impossível. Como você vai saber se está pegando? A melhor aula é a privada e a segunda melhor é a em grupo com a assistência de alguém capacitado”, definiu Relson, apoiado por Robson.

“Isso é uma pouca vergonha. Hoje em dia as pessoas abrem federações e academias em qualquer esquina, virou um fast food. Até faixa tem gente vendendo pela internet, não digo que sejam o Ryron e Rener fazendo isso, porque eles me parecem sérios, mas conheço pessoas que são graduadas pelo correio. O jiu-jitsu está fora de controle”, lamentou Robson.


O jiu-jitsu criado por Helio Gracie foi desenvolvido para as lutas de vale-tudo e totalmente voltado para a defesa pessoal, que ficou meio esquecida com a explosão das academias pelo mundo e a transformação da arte marcial em esporte. A arte suave para competição dominou o cenário e o objetivo principal da modalidade, a finalização, ficou em segundo plano. Por esses e outros motivos, Helio Gracie, que faleceu em 2009, fez questão de abrir mão de sua faixa-vermelha e se “graduou” um faixa-azul, conforme detalhou seu filho.


Conflito de gerações! Família Gracie diverge sobre métodos de ensino do jiu-jitsu“Meu pai achou que o jiu-jitsu virou de cabeça para baixo e surtou. Papai passou a usar a faixa azul. Ela ia aos campeonatos e via todo mundo gritando ‘segura, segura, faltam dois minutos’ e ficava maluco. Ele achava aqueles campeonatos produzidos pelo Carlinhos Gracie uma bagunça, os caras só queriam vencer por vantagem e amarravam as lutas, o que deixava ele chateado. Ele se recusava a aceitar essas regras que privilegiam o ‘amarrão’ e os caras que usam a força. Hoje, no jiu-jitsu atual, esqueceram a defesa pessoal em detrimento do jiu-jitsu de competição”, lamentou Relson.

Rener prevê que desconfiança passe em 10 anos

 Apesar da desconfiança da geração antiga de alguns membros da família Gracie, Rener e seu irmão Ryron seguem difundindo o jiu-jitsu ao redor do mundo e não veem problemas em usarem ferramentas modernas para implementar o estudo de seus alunos. Para Rener, é apenas uma questão de tempo para que o modelo seja totalmente aceito pela parte conservadora da família, já que como tradição a Gracie exige, o que se afirma tem que ser provado dentro do tatame.

“Os Gracie mais antigos que se sentem ofendidos com os meus métodos, eu compreendo, mas é porque eles ainda não viram os resultados. Tudo que sabemos sobre a vida atualmente, foi contestado antigamente pelos tradicionalistas, até que alguém prove que funcione. Talvez seja preciso de pelo menos uns dez anos para que as pessoas possam ver o grande resultado que a Gracie University vai ter, aí vão parar de me contestar e achar que sou maluco”, disse o atleta, que pretende seguir firme com seus projetos.

“Se eu fosse pensar em cada crítica que recebo ao tomar uma decisão, estaria no mesmo lugar até hoje. Um dia eles vão compreender, não os culpo”, encerrou Rener.


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